quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Nessa Noite


Eu estive lá fora faz alguns minutos, poucos minutos atrás apenas, mas já sinto falta da sensação. Nessa noite as ruas estavam silenciosas como de costume, também como não poderiam, 1h20 da madrugada e não havia nenhuma viva alma na avenida, nem nas esquinas, nem em lugar nenhum, apenas eu. O dia ontem começou devagar e a tarde subiu seu nível, mas não ao máximo, ainda faltava alguma coisa. Depois de todos esses meses, eu achei que sabia o que estava fazendo, sentia que havia encontrado finalmente algo concreto dentro de mim para me segurar, foi erro meu. Então, como qualquer pessoa desolada por expectativas, precisei me segurar na minha única fonte de reflexão e sossego, o silêncio das ruas de Barra Mansa depois das 23h. Eu sei que é difícil escapar das lembranças e memórias de lugares que estivemos juntos ou até mesmo os cantinhos que lembram outros lugares que você esteve, mas o silêncio e a velocidade me fizeram esquecer você por uma noite. Eu corri muito, tanto que quase me esqueci, embora sempre tenha que parar e esse parar me mata. Se eu pudesse viver correndo, me tornando a velocidade, talvez conseguisse esquecer, entretanto, enquanto eu tiver que parar, sempre vou lembrar. Quem sabe eu precise de mais noites como essa, talvez eu só precise voltar para casa e não para outro lugar...

Um comentário:

Rafa disse...

Muito bom!