segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eu sou poeta e não aprendi a amar ...



Acabo de tomar uma importante decisão,estou arrumando minhas coisas com tudo de valor que pertence a mim,tudo isso irá junto,mas não é esse ''valor'' que todos pensam.Meus valores são diferentes dos deste mundo,e das pessoas,é complicado e desafiador descrevê-los essencialmente por completo.Digo a todos que sinceramente sentirei falta dos lugares onde meus pés puderam sentir o chão,das pessoas que meus olhos viram e dela que minha boca repousava junto,lado a lado.Ela,é outra coisa mirabolante e difícil de se falar sem ter que conter antigos desejos e vontades,apenas digo que sou um poeta e não aprendi a amar .Eu só procuro pela eternidade e mais nada,vou me restringir apenas ao infinito,meu coração sabe que é jovem e não quer se tornar obsoleto por causa das culturas e tradições dessa terra que nem ao menos tem uma ordem exata.Tudo é complicado aqui sem precisar ser,e é exatamente isso que não entendo,nesse lugar tudo se resume a um pedaço de papel,todos se vendem ao um pequeno rascunho de árvore.Não me leve a mal,de coração eu queria poder mudar esse lugar,talvez mudar a posição dos móveis resultaria em algo estável nessa ''casa bagunçada'',mas o problema não está na direção que o sofá está virado,e sim na idade que este está levando.Os sofás,estantes,entre outros e outros, estão velhos demais pra permanecer e a casa não tem grana pra comprar móveis novos.Esse é o real motivo pelo qual estou partindo,no infinito as coisas velhas existem porque precisam existir,e não porque não querem mudar por preguiça de aderir ao desconhecido.Violão anotado,caderno com folhas brancas anotado,mapa que não tenha o endereço das ruas com números nas casas anotado.É,esse é meu adeus e minha deixa pra dizer,tchau ... estou indo embora pra ser infinito agora.


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