Os carros passam longe de onde estou,são muitos os que tentam chegar a certos lugares.Nesse pequeno intervalo de tempo eu paro e os observo quando se distanciam de mim,arrisco até na maioria das vezes me atrever a compreendê-los,não os carros e sim as pessoas e lugares.É tão filosófico brincar de adivinhar para onde estão indo e o que irão fazer nesse determinado ambiente,em que muitos rostos sorriem de volta quando lhes ofereço o meu olhar,poucos me devolvem olhares confusos e amedrontados.Uma coisa eu posso afirmar com a certeza das minhas palavras,as pessoas aqui estão despedaçadas,carentes de alguma ou sei lá.O problema disso se apresenta como o mesmo que há em outros lugares.Todos são prateados e esse tipo de ideia os prende,os torna dependentes e necessitados,posso estar errado sobre essas convicções,talvez eu seja um louco segurando uma caneta e um caderno.Entretanto não preciso de tais objetos para tornar realidade as coisas que penso e vejo,estou sozinho assim como os outros dias mais uma vez,do meu jeito eu encaro esse período solitário para transformar e modificar tudo acreditável.Se pudesse desejar algo desejaria não querer tanto outra coisa,as situações não são construídas conforme escrevemos no extenso e infinito pedaço de teoria.Sinto esgotamento físico e psicológico,acreditando até ser incapaz de certos feitos,os sussurros que ouço agora só sabem se referir á coisas sem fundamento.
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