Hoje aconteceu algo inusitado, aliás, quando digo "hoje" quero dizer "ontem", pois já passa da meia noite e mais uma vez estou escrevendo no meu quarto, na escuridão onde o silêncio da noite se quebra com o barulho que os botões do teclado fazem quando são tocados pelos meus dedos. Sobre hoje, não posso dizer que foi algo inédito, já vi muita coisa entranha e essa é uma delas, mas fazia tempo que não presenciava algo assim. Ao sair da faculdade, como de costume fui até a moto e pensei, "caramba, ainda são 21h45, vou levar no máximo 10 minutos para chegar em casa". Embora tivesse o mesmo pensamento que dia sim e dia não me ocorre, algo me fez sentir que devia ir mais devagar, só dessa vez. Foi então que subi, liguei a moto e fui, não sei como é com as outras pessoas e duvido que seja da mesma maneira que é comigo, mas quando estou em cima de uma moto gosto de correr com o objetivo de não olhar para os lados, nem para trás (até porque se olhar para trás vou acabar batendo rs). A questão é que a velocidade me atrai, e quando se está envolvido por ela, todo o resto ao redor se torna um borrão colorido e cheio de brilho. Todavia, hoje, ao ultrapassar o limite entre Volta Redonda e Barra Mansa, eu quis ir devagar, então parei no acostamento tempo suficiente para que pudesse respirar fundo. Eu prometi para mim que não iria correr, só dessa vez iria devagar e fui para casa naquele estado de reflexão. Até chegar na minha rua seria um longo caminho, tão longo este que pude perceber rostos que nunca tive tempo para encarar por estar rápido demais. O que eu aprendi com isso é que na vida, corremos tanto que esquecemos de enxergar coisas que só podemos ver se pararmos, hoje eu parei...
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