Se pararmos pra analisar o cotidiano e as pessoas, e
analisar as nossas vidas, pode-se concluir que tudo de complexo no mundo,
começa com um gesto, com uma atitude. Nesses anos pra cá, convivendo com as
pessoas diante de vocês essa noite não é diferente disso. Desde o primeiro
instante que iniciamos nossas vidas neste lugar, desafios nos foram impostos,
muitas vezes difíceis para apenas um enfrentar sozinho, e mesmo não pertencendo
a todos essa responsabilidade de superar o obstáculo, cada um ajudou o outro
como pôde. Uma das coisas mais legais do colégio, de ter estudado lá, com toda
certeza posso afirmar em nome dos meus colegas, que não foram as aulas, apesar
dos professores terem sempre sido grandes amigos da turma, entretanto o que
marcou mesmo, foram os momentos que compartilhamos naquele ambiente e com as
pessoas que existem nele. Não posso dizer a vocês que o que nos espera serão momentos
bons, que sempre as coisas serão assim, e que seremos amigos para sempre e nada
vai acabar. A vida é dura, é difícil, ela não é fácil, e quando você menos
esperar, ela te derruba sem piedade. O que podemos fazer para torná-la algo
compreensível é aproveitar o agora, fazendo com que seja durável, belo, e que ecoe
pela eternidade. Não sabemos o que nos aguarda, mas não devemos temer o amanhã,
nem temos razão para isso, porque o que aprendemos no ensino médio foi muito
além das matérias indicadas. O ensino médio nos ensinou acima de tudo a tentar
achar coisas boas nas dificuldades, e isso iremos levar pelo resto de nossas
vidas. O tempo pode nos distanciar, mas jamais nos fazer esquecer esses momentos,
que foram muitos. Desde o primeiro dia até o último dia de aula, na
segunda-feira do SAERJ, lembrando as quartas feiras tão desejadas pela galera
que adora jogar aquele vôlei vicioso na aula do Iver. Tão bom foram as vezes em
que rimos juntos ou separados, que sempre nos comprometemos em estudar e não
colar, pois o Zé Carlos nos ensinou que é errado, os textos que fizemos nas
aulas da Neuza, as matrizes malucas do Gilson, os balanceamentos da professora
Adrià, sem esquecer do eletromagnetismo do João Batista, das mais hilariantes
formas de conhecer os alelos e aprender Biologia com Carlos Roberto e a
geografia tão estatística do André. É difícil pensar que acabou, e não sei se
estamos preparados pra isso, o que esta ao nosso alcance agora, é transformar
essa noite de hoje em algo inesquecível, e deixar pra amanhã, o que foi feito
pra depois. Que possamos amadurecer com tais idéias na cabeça, e que as aulas
de filosofia do Zé Carlos, sejam eficazes quando sentirmos saudades, claro que
sentiremos, sempre, mas o que é verdadeiro tenha absoluta certeza que é
duradouro (y
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