Faz tempo

 Eu sumi, já tem alguns meses que não escrevo, havia me esquecido do quanto preciso disso, dessa minha terapia auto imposta. Eu preciso colocar tudo para fora aqui, nessa página onde sei que ninguém lerá sobre os meus problemas. Nesses últimos dias, eu não sei o que tem acontecido comigo, tenho sonhado sobre o passado, sobre coisas que eu sei que superei, ou apenas as troquei de lugar? Isso me lembrou sobre o conselho que a tia May deu ao Peter em O Espetacular Homem-Aranha 2, sobre jogar coisas que eram importantes fora. Quando algo foi importante, não deve se jogar fora, apenas trocar de lugar, um lugar que não tenha a mesma prioridade, mas dentro de você, pois essas coisas fazem parte de quem você é. Preciso mesmo aceitar que tudo isso que tenho pensado faz parte de mim, não posso mudar ou esquecer, apenas definir suas prioridades. Não se trata do passado ou do que vou fazer, mas de como reajo a isso no meu presente. Não preciso esquecer, não tenho que fazer isso, mas existem coisas mais importantes no agora, afinal, a vida foi feita para isso, para vivermos no presente e não no passado!

Eu estou mais velho

 Os anos estão se passando para mim, fiz 26 essa semana, isso me obrigou a olhar pra trás mais uma vez. Até onde eu vou chegar, meu coração fica questionando essa pergunta, não sou mais um garoto e tenho medo disso. Quando se é criança, tememos tudo e a todos, e achamos que quando formos adultos, os medos sumirão, mas eu descobri que não, eles aumentam. A inocência e a falta de maturidade da infância mascaram coisas que se transformam em verdadeiros monstros para os adultos, e a cada ano que passa, mais monstros aparecerem para aumentar minha lista de medos. A vida parece mais frágil quando se cresce, talvez seja a perda da inocência da qual falei, a inocência não deixa que enxerguemos o perigo, as perdas, os medos de verdade. Eu sou um homem hoje, mas queria ser garoto, pois o meu eu garoto não temia o que eu temo agora. Sinto que estou ficando sem tempo, a cada novo amanhecer, é mais um dia para a soma, mas eu não sei o que realmente estou contando, os passos para a minha mortalidade ou o quanto sobrevivi enfrentando os meus medos?

Essa droga não acaba!

 O mundo está desmoronando. Pessoas estão morrendo, famílias perdendo seus entes queridos, amigos não podem mais se abraçar, esse é um cenário que eu jamais pensei viver na minha juventude. Onde estão os tempos de paz? A harmonia de caminhar livremente pelas calçadas da cidade em que moramos é um sonho utópico? Eu estou cansado, tanto física, quanto espiritualmente. Porque pesadelos são reais e sonhos não? O que foi que fizemos para merecer tanta dor assim? Eu não comi o fruto, eu não desobedeci nenhuma ordem celestial, tudo que fiz foi nascer nesse mundo, sem pedir, sem implorar. Se existe um jeito de fazer a diferença, por favor, me mostre. Eu achava que o inferno só era alcançado depois de morto, mas ele é onde estamos agora. Meu Deus, nos mostre uma saída. Essa droga de vírus não acaba! 

Sem título e sem nada para escrever

 É fevereiro já, não escrevi nada, simplesmente não tenho praticado essa arte, mas esse texto vai ser postado como se tivesse sido em janeiro, não sei, só quero manter aquela minha tradição de postar uma vez por mês. Está tudo indo bem, nada fora do comum, tanto para extraordinário quanto para fundo do poço.