Discurso Final Para 3001
Se pararmos pra observar o cotidiano e as pessoas, e analisar as nossas vidas, pode-se concluir que tudo de complexo no mundo, começa com um gesto, com uma atitude. Nesses anos pra cá, convivendo com as pessoas diante de vocês essa noite não é diferente disso. Desde o primeiro instante que iniciamos nossas vidas neste lugar, desafios foram impostos, muitas vezes difíceis para apenas um enfrentar sozinho, e mesmo não pertencendo a todos essa responsabilidade de superar o obstáculo, cada um ajudou o outro como pôde. Uma das coisas mais legais do colégio, de ter estudado lá, com toda certeza posso afirmar em nome dos meus colegas, que não foram as aulas, apesar dos professores terem sempre sido grandes amigos da turma. Entretanto o que marcou mesmo foram os momentos que compartilhamos naquele ambiente e com as pessoas que existem nele. Não posso dizer a vocês que o que nos espera serão momentos bons, que sempre as coisas serão assim, e que seremos amigos no futuro e nada vai acabar. A vida é dura, é difícil, ela não é fácil, e quando você menos espera, ela te derruba sem piedade. O que podemos fazer para torná-la algo compreensível é aproveitar o agora, fazendo com que seja durável, belo, e que ecoe pela eternidade. Não dá pra saber o que está por vir, mas não devemos temer o amanhã, nem temos razão para isso, porque o que aprendemos no ensino médio foi muito além das matérias indicadas. O colegial ensinou acima de tudo a tentar achar coisas boas nas dificuldades, e isso iremos levar pelo resto de nossas vidas. O tempo pode distanciar, mas jamais fazer esquecer esses momentos, que foram muitos. Desde o primeiro dia até a última aula, na segunda-feira do SAERJ, lembrando as quartas feiras tão desejadas pela galera que adora jogar aquele vôlei vicioso na aula do Iver. Tão boas foram as vezes em que rimos juntos ou separados, das piadas que fazíamos com o Digão em relação a Vila Principal, ou do gritinho do Jonhy, ouvir aquele ''Jovem'' e o peixe peixinho do Rafael, chegar de manhã vendo a Dulce com aquele sorrisinho maravilhoso dela. Ver o Zé Carlos pegar a Bia e a Tamires no flagra enquanto dançavam na sala de aula, daquela preparação especial para as provas do nosso querido José Carlos, isso me fez lembrar das garotas nas aulas de educação física dançando na arquibancada. Será que tudo isso vai ficar pra trás junto de todas as outras coisas ruins? A resposta vai depender de cada um, Tudo de ruim que aconteceu esse ano, aconteceu para que pudéssemos melhorar e aperfeiçoar, preparar para o que nos espera ano que vem. Tantas coisas aprendemos com os professores, como devemos sempre nos comprometer em estudar e não colar, pois o Zé Carlos nos ensinou que é errado, lembrando os textos que fizemos nas aulas da Neuza, A voz passiva nas aulas da professora Carmélia, as matrizes malucas do Gilson, os balanceamentos da professora Adrià, sem esquecer do eletromagnetismo do João Batista, das mais hilariantes formas de conhecer os alelos e aprender Biologia com Carlos Roberto e a geografia tão estatística do André. É difícil pensar que acabou, e não sei se estamos preparados pra isso, o que esta ao nosso alcance agora, é transformar essa noite de hoje em algo inesquecível, e deixar pra amanhã, o que foi feito pra depois. Quando todos vocês estiverem lá na frente, crescidos, bem sucedidos no que fizerem, lembrem-se de tudo que aprenderam com essa turma. Desejo realmente amadurecer com tais ideias em minha mente, assim como acho que meus colegas também, que não tenhamos vergonha de sentir saudade, e sempre sentiremos, mas o que é verdadeiro tenha absoluta certeza... Que é duradouro.
